quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Fragmentos # 01

São exatamente 0h07 e meu pai está pululante porque, segundo ele, o Corinthians caiu para a segunda divisão. Fato extremamente significativo para a história da humanidade, claro.


Amigos musicais são muito interessantes. Gosto muito deles. Agora, por exemplo, estou ouvindo uma música chamada “Lover, you should've have come over”, do Jeff Buckley, que foi indicação de um grande amigo. Aliás, amigo esse que já me apresentou e indicou tanta coisa... Acho que devo mais uns doces pra ele.


Juro que há momentos em que eu não gosto desse lugar... Por exemplo, leitor-gasparzinho, verifique o último post. O que é aquilo? Epifania surrealista? Completa falta de lucidez? Insônia tediosa misturada com um pouco de viagem sem volta na Hellmann's? Dúvidas, dúvidas...


[cantarolando] “... et il fait encore noir, elle descend le boulevard, elle s'en va...”.


Por que morango só existe no inverno?


Os seres humanos são incomunicáveis.


Em muitas ocasiões, timidez é uma desgraça.


Trident e Halls de melancia: as mais novas invenções revolucionárias para paladares de pessoas-formigas que não vivem sem açúcar.


Compra-se cabana no fim do mundo. Vendedores?


Arte deveria ser distribuída gratuitamente em saquinhos pelas esquinas mais movimentadas.


Um brinde às vozes roucas e aos olás calados.


Sempre pagamos um alto preço sendo o que somos ou sendo o que queremos ser.



Eu acreditei no Papai Noel, assisti X-Tudo e Glub Glub, sempre tive esperanças de que o pessoal da Caverna do Dragão encontrasse o caminho de volta pra casa, me sujei na terra, adorava o jeito que o Snarf chamava o Lion em Thunder Cats, já inventei mil histórias de bruxas e fadas pra poder brincar, nunca quebrei nenhuma parte do corpo e há dias em que a minha única filosofia é à la Garfield e o meu ânimo segue o do Charlie Brown. Será que ainda vendem pirocópteros?


Van Gogh, Nietzsche e Einstein eram caras legais.


Omar é o mar e o mar é um ar. Amar Omar é amar o mar ou um ar?


As madrugadas deviam ser eternas.


Às vezes acho que minha mente bem que podia ter vindo com um botão de desligar. Que falha grave de fabricação!


Lâmpadas, travesseiros e post-its são tão poéticos...


Falar é uma das tarefas mais complexas do ser humano. Tão complexa que há tanto gente que tem tanto medo de ensaiar que se perde no silêncio, quanto há pessoas que de tanto ensaiar se jogam na imensidão da prolixidade. Mas, enfim, tanto faz, continuamos incomunicáveis. (E cheios de vírgulas e de tantos).


Arroz sobre feijão ou feijão sobre arroz? O vício da virtude ou a virtude do vício? Catchup ou mostarda? It's better to be a living dog or a dead lion*? Rio ou São Paulo? Nescau ou Toddy? Reticências ou ponto de interrogação? Perguntas idiotas ou respostas cretinas?
Esquece...
.
.
.

Café com leite?


Como já dizia Drummond: “Eta vida besta, meu Deus” (verso do poema “Cidadezinha qualquer”).




* citação parafraseada do filme “Something Wild” (1986).

Nenhum comentário: