she dreamed herself as a dancer. a dancer on a strawberry field. a dancer who used to eat the world in soft pieces. but then, grávida de cavalos marinhos, she slept near the waves on the sea and met lots of shells. little friends. moluscos lânguidos e tristes to hold hands. oh, god, help her to go through this. help her. she will deliver the word in cavalos doces e marinhos pour nous. can’t i dance the ocean with her? but i will grow up and hug her very tight so she won’t feel alone anymore. the babies nagent toujours pour très loin de ses mères. elle est mère de rien. maybe j’iras manger des parties du monde avec her pour la voir enceinte again. so beautiful. eu costuro nossas notas, reconto nossos passos. couchée, elle reste encore fatiguée de tudo. je la prends by her breath. a visto de vert e d’amour. nous dansons. elle peut déjà rêver. morangos in fields. hugs aquáticos and shells. a baby is born again.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
domingo, 17 de maio de 2009
sábado, 9 de maio de 2009
[sem título]
no piscar de uma palavra amputada, no sufoco da saliva, a respiração trancada.
que cortem as portas, meu deus
suturem as fendas
queimem as entradas.
que cuspam com toda a força na nossa cara: liberdade.
opr.....
na primeira noite, eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
e não dizemos nada.
na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão
e não dizemos nada.
até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta
e já não podemos dizer nada.
(trecho do poema no caminho com maiakóvski,
de eduardo alves da costa)
acordei deitada sobre a ponta norte de uma constelação de medo. (as manhãs precisavam tanto existir apertadas na garganta?) do telhado mal coberto poças de sol pingavam no meu corpo lento.
desprendida do pó, eu me encolhia quieta.
com os dedos presos.
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