sábado, 27 de dezembro de 2008

# 10


en regardant...

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Desconexa

Era Natal?

Sabe, Natal-Natal mesmo, de verdade? Luzes coloridas, cidade alvoroçada, clima de abraços, cheiro diferente no ar e... foi Natal?

É, acho que foi Natal...


Pena, eu nem senti.


Por quê?

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

# 09


gone.
fim.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

respiração

com o peso de um braço se parava o mundo no sussuro dos que não devem ser acordados.

e o teu cuidado vinha sempre embrulhado em algodão.




domingo, 14 de dezembro de 2008

(da linha de giz rabiscada no tablado...)

com o rosto coberto de tintas ela girava faceira o leque no ar. os dedos compridos roçando rendas, a boca entreaberta no riso bordô, do quadril escorrendo os babados dengosos da saia rodada e leve. nos pés ela bailava o nu descalço de quem sempre pisou no chão. nos olhos ela piscava o mergulho sem volta na voz suave dos meus lábios a desfiar canções.


terça-feira, 9 de dezembro de 2008

# 08


cala-se.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Marias


Na sala de espera, vozes ecoam. Maria Aparecida, Maria do Carmo, Maria das Dores. Marias de todos os cantos e por todos os santos.
Nas cabeças, tranças desmanchadas, cachos abandonados, fios perdidos, gorros, lenços. Marias enodoadas, cancerígenas. O olhar poroso, as veias secas. O passo mancado. Peles trincadas pela terapia química.
É no hospital, naquelas cadeiras, macas, nas informações complicadas em linguagem dotoral, que só uma mensagem calada se espalha: a do medo choroso dentro da morte.
Minhas Marias, tão queridas, amputadas na sua feminilidade mais doce. Seios perdidos, úteros arrancados. A esperança pendente nas pontas dos dedos ou nas agulhas nos braços. Ossos doídos, futuro manchado. Que vivam ainda minhas Marias, todas lindas: maculadas.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

what if...?

(clique na figura para vê-la em tamanho maior)