domingo, 28 de outubro de 2007

Post-insomnia insignificante

Nada como escrever de madrugada. 1h30 da manhã de mais um domingo lacunar. Um “putz-putz” no vizinho denuncia uma festança daquelas, e aí a gente, que está com o mundo entalado na garganta e queria tanto falar e falar tudo e todos, coloca um pouco de Legião para sair do fone como companhia e aumenta o volume ao máximo. Ok, concordo que “Clarisse” não é uma companhia ideal para uma madrugada, mas até que já foi há uns anos... Melhor colocar “Marcianos invadem a Terra” e depois repetir “Mariane”. É, bem melhor.
Às vezes são engraçadas as lutas que acabamos travando conosco. Sempre acho um momento curioso essas batalhas entre as diversas partes que tentam nos compor como um todo, nem sempre coerente ou coeso mas, enfim, ao menos uma tentativa de todo. Somos um todo fragmentado em pedaços, uns aqui, outros acolá. E é interessante também como esses pedaços deixam rastros, ou até mesmo se deslocam e migram para um outro ser, seja ele qual for. Deixamos pedaços nos outros e recebemos pedaços. São as marcas, as pegadas de algo ou alguém que passou por ali e significou alguma coisa em seu trajeto.
Bem, estou escrevendo a esmo... O “putz-putz” deu uma trégua e “Sagrado coração” é uma boa música instrumental... “High noon (do not forsake me)” também, só que ela sempre me faz acionar imagens medievais ou renascentistas na mente, bailes e guerras, aquele cerimonial todo de um passado mais do que remoto... E, falando em músicas instrumentais, hoje escutei Sigur Rós. Há tempos não escutava “Glósóli” ou “Gong”... Enfim.
“Acrilic on canvas” pra mim é totalmente surrealista. Adoro essa música. Totalmente Dalí. E um pouco melancólica também. “Eu juro que nunca quis deixar você tão triste”. É, melancólica.
Viagens, viagens musicais na madrugada... Sim, eu sei, ninguém merece. Vou mudar de tópico. Aliás, seria mais proveitoso se eu tentasse terminar uns posts atrasados... Ótima idéia, vou fazer isso.

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