sábado, 13 de outubro de 2007

Man, it's friday night... Let's rock!

Como é incrível quando você, depois de séculos, faz uma coisa que você gosta muito. Como João de Santo Cristo, a gente vai “pra festa de rock pra se libertar”. Assim, sexta à noite... let’s rock!
Nada melhor do que voltar a sentir música ao vivo batendo pulsante na sua pele. Nada como uma guitarra, uma bateria, um baixo e uma bela voz unindo centenas de pessoas em coro. Nada melhor do que ficar sem voz de tanto gritar e cantar, nada melhor do que ficar pulando e dançando feito louca a madrugada toda. Alma lavada.
Primeiro, como sempre, começamos com a saga pra chegar ao lugar, já que ter a Valéria com sua meia-calça e unhas roxas como guia é o mesmo que entrar numa fria (incluindo aí a minha baita vontade de pão-de-queijo que fez com que não perdêssemos o maldito ônibus - intergaláctico -, que, por sua vez, veio cheio de amiguinhas baratas. Meu All Star tornou-se assassino em série ontem).
Melhor do que entrar numa fria, nesse caso, é entrar numa caminhada desgraçada pelos cenários simultâneos de “Sinais”, “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado”, “Olhos Famintos” I e II, “Lost” e “Supernatural”. Que lugar esquisito, que caminhada estafante e que medo...! Parecia que estávamos passando pelos campos onde naves espaciais pousam e extraterrestres torturam terráqueos indefesos. A cada dois minutos dava pra imaginar um E.T. saindo daquele matagal com uma pistola de raio laser em punho (fomos construindo toda uma história macabra pra manter a atenção na conversa e não nas pernas doendo).
Chegando ao Kazebre... Iuhuuu! Nada como aquela cachoeira artificial verde (tínhamos caminhado tanto que já estávamos na casa dos extraterrestres de Saturno) e aquela fogueira enorme de boas-vindas.
O público do Kazebre é bem eclético (diferentemente do que freqüenta a Led Slay, por exemplo), o que me assustou de início. Não estou acostumada a ver pessoas tão diferentes no mesmo lugar, ainda mais se tratando de um lugar tão longe em que se vai para, entre outras coisas, escutar um pouco de boa música ao vivo (presumindo que “boa música ao vivo” não signifique a mesma coisa pra todo mundo).
Assim, destaco o público animado, os clássicos tocados pela banda de abertura (The Doors, The Beatles, AC/DC, Cazuza, Iron Maiden, Led Zeppelin, Nirvana, Alice in Chains, Metallica e etc.) e, obviamente, o que fui lá pra ver, ou seja, o show-cover-tributo ao Renato (Russo). Aqui eu me detenho na humildade dos integrantes da banda que prestava a homenagem e critico a falta de habilidade deles na interação com o público, o que não prejudicou o show em nada pois, ali, a estrela mesmo foi o público, que cantou a plenos pulmões todas as músicas (com especial atenção ao momento-epifânico de todos os versos gritados de “Faroeste Caboclo”, como não podia deixar de ser).
Ok, agora vou dormir, agradecendo a escolha de “Lithium” como tag de “Perfeição”, o setlist com “Quando você voltar” num voz-violão suave + “Sete Cidades” + “Acrilic on Canvas” + “Mais do mesmo” + “Metal contra as nuvens”, agradecendo o ambiente bacana e diversificado, a noite amena, a possibilidade de filmar, o guaraná gelado às 3 a.m. e, claro, agradecendo o metrô, abençoado, que fez com que chegássemos mais rápido e sem andar tanto... =)

[Kazebre - 13 Out. 2007]

Alguns vídeos*:

trecho “Highway to hell” [AC/DC]:

trecho de “Rock n'roll” [Led Zeppelin]:



trecho de “Fear of the Dark” [Iron Maiden]:

trecho de “Pais e Filhos” [Legião Urbana]:

trecho de “Acrilic on Canvas” [Legião Urbana]:

trecho de “Quando você voltar” [Legião Urbana]:




*peço perdão pela péssima qualidade dos vídeos, mas ao menos o áudio está (quase) decente.

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