Não é bom ficar guardando o sentido. Os tantos sentidos com as marcas alaranjadas do passado, com sua poeira colecionada cuidadosamente grão a grão. Os sentimentos que não existem mais catalogados todos em prateleiras, numerados, classificados de acordo com sua intensidade e relevância. Sentidos perdidos lá dentro, como uma biblioteca labiríntica que visitamos quando bate a saudade triste de repente.
Esses sentidos, em sua maioria, surgiram porque algum dos cinco sentidos foram despertados bruscamente. Foi um cheiro que passou correndo e você agarrou sem saber, foi o esbarrão que na hora doeu mas que depois não doeu mais a não ser na lembrança, o gosto diferente daquele chocolate que te deram sem você querer, a palavra que só você ouviu ao acaso, aquilo que só você fez questão de olhar.
É a vida latente dos primeiros sentidos, provocados pelos segundos sentidos, que faz com que você perca o sentido para onde estava indo, ignore os sentidos para onde irá e dê sentido para cada dia que você acorda não vendo sentido algum.
Esses sentidos, em sua maioria, surgiram porque algum dos cinco sentidos foram despertados bruscamente. Foi um cheiro que passou correndo e você agarrou sem saber, foi o esbarrão que na hora doeu mas que depois não doeu mais a não ser na lembrança, o gosto diferente daquele chocolate que te deram sem você querer, a palavra que só você ouviu ao acaso, aquilo que só você fez questão de olhar.
É a vida latente dos primeiros sentidos, provocados pelos segundos sentidos, que faz com que você perca o sentido para onde estava indo, ignore os sentidos para onde irá e dê sentido para cada dia que você acorda não vendo sentido algum.
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