acordou naquela manhã pontiaguda com vontades de um pedaço de lua. (menino-criança com desejo de luar sempre dá susto na gente). entrelacei minha mão nos dedos minúsculos e sussurei: “filho, dá medo estender o braço pra lonjura da lua...”.
“mas eu só quero sentir um pouco do doce, pai”.
“não, filho, a lua não pode”.
“mas, pai, ela tá tão redonda... olha só como ela fica olhando pra gente...”.
com pesar o pai fechou os olhos, respirou dentro do momento, deu alguns passos calados.
abriu a janela em suspiro.
e o menino que se contentasse com o sol.
Um comentário:
bonito.
e muito.
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