Às vezes a gente fica olhando como se tudo fosse um grande picadeiro... Um porta-retrato, uma janela, uma sucessão de quadros e quadros carregando devagar o brilho dos olhos da gente. Então chega a quietude, aquele silêncio do não-explicado, a garganta pesada de pensamentos incertos, de dúvidas insolúveis no jamais.
Cortinas protegem a alma como se fosse cobertor de criança que dorme no sussurro do vento. Uma vontade imensa de pescar o céu com os olhos, debruçada na nuvem, com os olhos estalados e brancos. Vontade de sobreviver respirando no escondido, tecendo o tempo pra cobrir os tantos sonhos pra sempre sufocados.
E línguas me dizem que chove peixes. O sol evapora o mar ainda em tempos de cultivo e carrega pequenos ovos fertilizados para a ponta do céu. Ele escurece, e quando o mundo desaba em água-mãe uma maré de peixinhos récem-nascidos vem nadando no ar e cai no chão pra fecundar de escamas a terra. Deve ser bonito ver peixes chovendo. Um dia ainda apanho algumas gotas pra mim.
4 comentários:
i agree your idea ! very nice blog
I think I come to the right place, because for a long time do not see such a good thing the!
Olha só, estão fazendo a gentileza de divulgar propaganda por aqui... Como é que adivinharam que é justamente para servir à publicidade que eu estou aqui gastando o meu latim? Surpreendente.
It seems different countries, different cultures, we really can decide things in the same understanding of the difference!
PE Net
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