terça-feira, 6 de maio de 2008

[qui suis-je?]

(Série de posts inspirada pela perguntinha capciosa do Orkut.
A pergunta que dá título a esta série está em francês não apenas porque a pergunta que aparece na minha página do Orkut está em francês, mas sim porque na verdade é tudo uma homenagem ao Sartre. Sabe, o Jean-Paul? Pois é, ele mesmo).

(Perdeu alguma coisa pelo caminho?)



Donc, qui suis-je? C’est une bonne question ça...

Talvez eu seja alguém que acabou de jantar Doritos, Coca-cola e algumas parcas bolachas recheadas, tudo em prol, claro, da manutenção de uma saúde extremamente saudável, afinal, é a lei.

Alguém que se vicia nas coisas. Em músicas, autores, assuntos... Respectivamente “City girl” (Kevin Shields), Mia Couto e filosofia. E juro que nem é doença.


Horripilantemente descabelada, um ser que ainda (oh, céus!, ainda, ainda) se desmonta nas situações menos cabíveis. Ai, ai, meu pequeno elefante drummondiano... (Não tente entender a referência capilar).

Como não amar “Phone call” (Jon Brion)? Minuto mais lindo. (Dias de viciada em trilhas sonoras dos meus melhores filmes).

Estou achando tudo isso muito “Fragmentos”...


Eu sou alguém que neste exato momento (01 am) deveria estar dormindo, lendo ou estudando, e não escrevendo textos inúteis que ninguém lê. Ainda mais agora, que só eu tenho acesso a isto aqui. Sim, pura maldade. Aliás, pura bondade. Poupando mentes humanas, sempre.
(editando alguns muitos dias depois: blog novamente aberto à visitação pública).

Queria tanto aprender a tocar harpa... Violino...

Mais uma decepção hoje... Faço coleção. Coleciono horas em que me perco do mundo e não sei onde estou. Coleciono cansaço. Coleciono cheiros de etapas da vida. Coleciono alguns arrependimentos. Coleciono profundos silêncios, tentativas frustradas, ferozes discussões imaginárias. Coleciono afeto também, coleção quase completa essa. (À busca de seres para distribuição). Ah, claro! Coleciono concretamente marca-páginas. (Aceito doações).

Alguém que conheceu alguma música de um cara chamado Zeca. Zeca Baleiro. E um viva à pipoca doce, faz-favor.

Alguém que precisa dormir. E que vai, ao som de The Smiths (“Please, please, please, let me get what I want”).

Au revoir (Simone). Capicce*?


* je ne parle pas l’italien, mais la référence n’est pas gratuite, vous savez, nada é gratuito em nada, muito menos em mim.

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