quinta-feira, 16 de outubro de 2008

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de repente algo explodia. mão espalmada na parede gritando socorro. soluços presos no mármore cinza que chorava nossa fome. o azulejo sussurando ‘calma...’, o espelho rindo do olhar morto de vontades. desespero se enroscando nas pernas, veneno sufocando veias, desamparo condensado no suspiro. de repente, (respira) o silêncio doce.

(deitamos famintos, secos, cansados e sós, e dormimos vazios sonhando no talvez).

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