
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
deluge
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
[ночь]
terça-feira, 3 de novembro de 2009
sábado, 24 de outubro de 2009
dos oceanos.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
“uma coisa, despretensiosa”
“Na obra de arte autêntica o artista inventa sempre. Uma vez terminada, a obra torna-se outra coisa. Pois, de uma forma ou de outra, a arte é sempre um começo*. Quem disse isto não foi uma mulher: foi Picasso. Um que agüentava melhor do que ninguém o desafio de começar do nada, a partir da sucata, do lixo, do papel rasgado, e produzir – sobretudo em sua escultura – não o monumental mas o efêmero, não o objeto pronto e acabado que simula a Coisa mas uma coisa, despretensiosa - assim mesmo, com letras minúsculas. Dar forma ao que não existia: criar uma coisa capaz de revelar, em sua precariedade proposital, o próprio truque do artista que transforma os restos e dejetos da civilização em idéia, em forma nova; que transforma o lixo em graça, em vida, em movimento. Nas esculturas, e sobretudo nas colagens de Picasso, a obra é ao mesmo tempo a coisa inventada e a brincadeira que a originou. Uma mulher feita de telha, pedaços de cano, restos de madeira e um galho seco, certamente não se pretende forma eterna e realizada. Mas realiza a eternização do gesto livre que lhe deu origem”.
*Citado em: Picasso Sculptéur, catálogo da exposição de mesmo nome no museu Beaubourg, Paris, 2000.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
rosa, g. sertão, veredas.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
de móbiles, cataventos e potes de estrelas
sábado, 29 de agosto de 2009
La semaine la plus...
Estive pensando em escrever sobre cotidianeidades desde ontem à noite, após perceber que essa semana que passou não foi das mais comuns. Aliás, muito pelo contrário: foi aquela semana onde acontecem as coisas mais estranhas, aquelas de quase-nunca.
De início, pensei em manter a coerência de datas e nomes, organizar tudo em texto coeso pra não esquecer, porém, a memória não é feita de fios em ordem, e sim dos nós (e de nós), assim...
Acho que aprendi a não acreditar muito no que as pessoas dizem enquanto suas resoluções definitivas. Um “não”, ao que parece, pode se transformar num “absurdo” (ótima definição, aliás). Enfim..., saudades doces pra ficar dessa etapa algodoada da vida.
Tive uma aula ótima sobre “nós que estamos sempre sendo e que nunca somos”. Logo depois dela aconteceu uma coisa triste com uma moça, e daí eu fui almoçar correndo pra poder pensar direito nas coisas e, ao mesmo tempo, fugir do que podia descobrir pensando demais.
Um amigo escreveu uma música e irá me mostrar. Já está com a melodia e é relacionada à vida da mãe dele e àquelas realidades de existências paradas... Vou gostar que ele me mostre.
E, falando sobre bolos, não dá pra comer bolo com certas pessoas, não é mesmo? É uma guerra de garfos vazios e metáforas afiadas. Eu, sinceramente, não entendo. Já desisti de entender. Gato e rato tentando se morder nas palavras, brincando pelos farelos das letras. “O mangi questa minestra o salti dalla finestra”. Okay... Mais je reste encore à rien comprendre.
Essa semana também me disseram: “a sua relação com a literatura é muito sofrida”. As pessoas não deveriam me dizer coisas assim, pois, por mais que no fundo eu já soubesse disso, na realidade eu ainda não sabia porque nunca tinham me dito. Desde então, toda vez que abro um livro, fico pensando no quanto vou sofrer para terminar de lê-lo... (Medo gelado de Proust).
Nesse mesmo dia, recebi uma notícia não muito agradável e à qual não estava realmente esperando. Como já tinha pendências a refletir, tive uma sobrecarga de coisas para pensar e, com isso, fui ler García Márquez (conto “Eva está dentro de seu gato”) para descansar. Essa sim foi uma leitura sôfrega, feita de pausas. Senti uma tristeza tão densa, um sentimento tão cheio de raízes..., me percebi profundamente viva.
Saímos em família no domingo. Acho que não fazíamos isso há uns bons... anos?
E o que fazer com aqueles que a gente só quer proteger da chuva e do vento, mas que só se escondem no eterno ir embora? Talvez seja só a possibilidade impossível das pontes e de tudo o que trinca sem motivo aparente.
O “absurdo” é de uma delicadeza surpreendente. Tão agradável... E tudo bem.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
(“it's like you’re standing on my chest”)
sábado, 1 de agosto de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
(do instante da ansiedade)
domingo, 26 de julho de 2009
[sem título]

quinta-feira, 16 de julho de 2009
Blábláblá I
quarta-feira, 15 de julho de 2009
# 18

domingo, 12 de julho de 2009
[cinema: quote #01]
sábado, 11 de julho de 2009
“What have you left behind?”
I left a cat that I never had. I left the image of a mother. I left my drawings and all the songs that I never played. I left that basket made of newspaper for that boy. I left all my letters and greeting cards inside a silver box. I left those months of vacation when I felt in love for that guy of that band. I left my hope. I left all those funny meals with my family when I was a little girl. I left
(where?)
A hundred years
terça-feira, 7 de julho de 2009
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segunda-feira, 1 de junho de 2009
voz, porta, corredor.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
abraços em conchas
domingo, 17 de maio de 2009
sábado, 9 de maio de 2009
[sem título]
opr.....
sábado, 2 de maio de 2009
segunda-feira, 20 de abril de 2009
da invisibilidade dos seres
a borboleta sem cor bate no teto, ao redor da lâmpada, no êxtase de quem voa por luz. uma luz que ela nem sabe que existe, mas que a atrai a ponto de deslocá-la de seu eixo, transportá-la para o girar sem fim. as mãos que escorregam inertes ao lado do corpo, sem fôlego, envergonhadas de sua inação calada. os olhos, meu deus, os olhos sempre tão fundos como um poço seco. que os corpos não despertem mais na amargura de um lençol branco e intacto, que o vento não derrube mais minhas palavras aos pés do tédio. que alguém me agradeça os silêncios e ódios infinitos dedicados a esse nada. que um dia me perdoem com a intensidade dos desesperados. e nesse chão, que respira à nossa insignificância e acolhe nossa ida eterna com a resignação dos poetas, deitemos todos. ah, mundo de grãos de areia... tempo cuspido. horas, o que são as horas? talvez o espaço no qual marcamos a existência breve dos nossos sonhos diminutos, empacotados em cubinhos e incrustados na nossa garganta. por favor, tornem úmida minha esperança. semeiem árvores para termos onde nos apoiar. algum braço? onde estão os braços? compremos bengalas de ferro. a humanidade guarda as mãos num fosso. que colhamos os cravos da nossa derrota, os soluços da nossa pequenez. que peguemos, do sufoco da nossa liberdade e desistência, um pedaço de giz pra arrumar o mundo. mas então há o vento que tortura a janela, as unhas que desfiam pecados, a caridade sempre servindo à carência. há o sol que se parte em raios, uma folha que se desprende da planta, uma gritaria que se explode em milhões. há simplesmente a profunda desimportância do que realmente importa. somos seres invisíveis e de plástico. não consigo ver estrelas para nós.
domingo, 19 de abril de 2009
Desejo*
quinta-feira, 9 de abril de 2009
[sem título]
domingo, 29 de março de 2009
quarta-feira, 25 de março de 2009
aos pequenos
“queridos filhos que nunca tive,